Parece óbvia a expressão “Grenal é Grenal”. Mas não é que é isso mesmo? Quantos e quantos clássicos tivemos que contradisseram todas as apostas, todas as previsões? Todos os prognósticos? E por que? Porque Grenal é Grenal. Simples assim. E ele já começa mudando o clima em todo o Estado.

Antigamente, com menos competições, ou menos equipes, normalmente havia uma semana de folga do último jogo até o clássico. Hoje, com Primeira Liga, Libertadores, Gauchão, tudo rolando paralelamente, há pouco tempo para curtir a “pré-jornada” como se curtia há uns bons 20, 30 anos.

A cidade começava a se colorir de vermelho, azul, preto e branco já no início da semana. As ruas ficavam repletas de gente uniformizada com seu time do coração. As piadas, cornetas, flautas, vinham o tempo inteiro. E, também, as discussões dos milhares de técnicos sobre qual a melhor equipe para vencer o jogo. A cada esquina, um grupinho debatendo as escalações ideais. O tempo, hoje, é mais curto, a correia é maior, mas a intensidade continua grande.

Não há favorito em Grenal. Há muito mais que técnica e tática envolvendo a partida. São 90 minutos de uma batalha que exige dedicação, sangue no olho, coração pulsando, fome de vitória, amor à camiseta e gana, garra, determinação. O Grêmio vem de uma vitória maiúscula diante da LDU, pela Libertadores da América. Foram 4x0, com boa movimentação e bom futebol, além da animadora estreia de Bolaños. Mas o Inter não fica atrás, não. Venceu o Juventude em Caxias do Sul, no domingo, pelo Gauchão. Sim, o Juventude que alterna a liderança do regional com o São José. Ora um, ora outro. E o colorado também mostrou condições de vencer o clássico.

Vai ser uma briga acirrada. Uma peleia bonita de se ver. Uma emoção que nunca é a mesma. Só acho esquisito um Grenal valer por duas competições. Mas, vá lá...coisas do futebol moderno. Todos à Arena! Esse show não tem Mick Jaeger, mas tem um goleiro de seleção de cada lado. É mole? Não dá para perder!