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Saudade dos Grenais de outrora

Saudade dos Grenais de outrora

O Grenal deste domingo (23) me deixou com saudade dos Grenais de antigamente. Quando as equipes entravam em campo pra vencer. Quando havia alma, coração, “sangue nos olhos” como se diz. Grenal era um jogo pra morder a bola, não enxergar adversário, ter fome de gol. Final em 0x0 era uma derrota para ambos e entristecia a torcida.

E eu senti saudade porque fazia tempo que não via um Grenal tão fraco. O primeiro tempo foi sofrível. Um chute mais ou menos pra cada lado. Vitinho achando que é o craque da hora, nada apresentava. Pedro Rocha fraco. Ramiro não tinha visto a cor da bola, durante toda a primeira etapa. Sasha procurando o endereço da Arena pra chegar a tempo do clássico. Nada dava certo porque ninguém se arriscava. Sem falar que Luan estava só. Faltava Douglas na vida dele, durante os 90 minutos. Luan brilha quando Douglas comanda. Não adianta, é o maestro tricolor. Pena que não tinha condições para o jogo.

O Inter entrou pra não perder. Até porque o empate já seria um grande resultado para não voltar à zona de rebaixamento, no brasileirão. Já o Grêmio, confesso que não entendi. A formação da metade do segundo tempo em diante me parecia a mais adequada desde o início, já que só a vitória interessava para chegar mais próximo do G6 e, ainda por cima, jogava em casa, com o apoio da torcida. A propósito, mais de 53 mil pessoas na Arena, novo recorde de público. Everton, em franca ascensão, tinha que ter entrado desde o início. Demorou pra entrar. Depois do acréscimo de Guilherme, o tricolor conseguiu ser mais agudo. Mas sem resultado.

Foto: Lucas Uebel/divulgação Grêmio Oficial

Mas a verdade é que ninguém merecia vencer, mesmo. Horror. Sem graça. Sem qualidade. Sem adrenalina. Tão fraco, que até o juiz entrou na vibe. Não segurou o jogo. Dava faltas que não existiam, principalmente dentro da área, aquelas do tipo “perigo de gol”. No lance mais tumultuado, quando deveria expulsar Vitinho e Edilson, expulsou o segundo e deu apenas amarelo para o primeiro, sendo que os dois agrediram adversários com socos. Logo em seguida, expulsou Dourado, que tinha sido um dos agredidos. Doideira, sem sentido. Assim como foi sem sentido toda a arbitragem do Francisco Carlos do Nascimento, que já foi Fifa. Não é mais. Dá pra imaginar porquê.

E foi isso. Um Grenal que nem precisava ter acontecido. De tão ruim que foi.